Para conhecermos como o Município de Cachoeira está
organizado para combater a epidemia entramos em contato com o Ambulatório Vida
que é o órgão responsável. Ficamos muito contentes com o acolhimento e com a
oportunidade de sermos parceiros dos trabalhos programados para o dia 1º de
Dezembro, dia mundial de combate a AIDS. Também recebemos os quadros da epidemia
na região de Cachoeira e como está organizada a rede de atendimento no município.
1. A organização dos serviços de atenção primária em saúde e especializada
para HIV/Aids e outras DST;
A
rede está organizada em 4 USs, 5 ESFs, 2 CAPS (Mental e AD), um Pronto
Atendimento 24 horas,uma US de referência para Fisioterapia, Cardiologia, e
urologia, 1 Bloco Cirúrgico para Pequenos Procedimentos, uma Perícia Médica
para trabalhadores, 1 Hospital Filantrópico de Referência Regional.
As
DSTs são atendidas em toda a rede básica e no SAE.
HIV/AIDS
– toda a rede, oferece o aconselhamento pré e pós-teste para
DTS/HIV/AIDS/Hepatites, e referencia para o SAE.
Observa-se
muita dificuldade por parte dos profissionais da rede de atenção básica em
acolher as populações vulneráveis (dependentes químicos, homossexuais,
bissexuais, lésbicas e transgêneros, soropositivos), apontando para a
necessidade de trabalharmos esse vínculo.
2. Perfil e tendências do HIV/Aids e outras DST no município
Conforme dados do SAE, o número
de casos de AIDS por sexo e ano de diagnóstico totaliza 365, sendo 221 homens e
144 mulheres, numa razão de 1,5 homens para cada mulher( 1,5:1).
A
faixa etária mais atingida pela epidemia continua sendo de 30 a 39 anos, concentrando
36,98 % dos casos, seguida da faixa de 40 a 49 anos, com 27,12% dos casos, e em terceiro lugar a faixa de 20 a 29 anos, com
20,82%. Ocorreu aqui uma inversão do segundo e terceiro lugar em comparação à
análise de 2010, quando a faixa de 20 a 29 anos apresentava maior incidência do
que a de 40 a 49 anos. Em 2010 tivemos 8 novos casos em homens de 40-49 anos, e
3 em homens de 20-29 anos, e 3 novos casos de mulheres de 40-49, para 5 em
mulheres de 20-29 anos (aqui retrata-se a realidade da feminização da AIDS).
Os casos de AIDS em pessoas com mais de 50 anos
teve uma progressiva redução nos últimos 3 anos
( em 2007 – 8 casos, 2008 – 14, 2009 – 7, 2010 – 4 e 2011 –
Em
relação a gestantes e crianças expostas,
observamos um aumento no número de casos de 2009 para 2010, o que preocupa
bastante a equipe. Entretanto, temos uma expectativa de redução dessa realidade
para o próximo ano, considerando as ações de transmissão vertical que foram
realizadas em 2011 (trabalhamos nas reuniões com os aconselhadores em AIDS nos meses de abril e maio sobre TV para HIV e
Sífilis congênita dando ênfase para o trabalho de prevenção na rede básica e
realizamos uma capacitação com as maternidades da Regional sobre a importância
do teste rápido em todas as gestantes).
Quanto
às crianças, temos 24 crianças em acompanhamento, sendo 12 expostas, 1 em
controle e 11 em TARV.
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